15/05/2011

The Facebook

 
Certas situações da vida levam-nos a dar férias à linha que separa a realidade da ficção. Há quem a mande para o infinito, e aí, ela nunca mais volta. Isto faz com que uma grande percentagem de pessoas, vivam num mundo, onde as nuvens são de algodão doce. ( pxiiiiiuuu… voltem lá ao texto, essas nuvens não existem! ) Quis este pequeno parágrafo, levar-me a isto: facebook. A grande rede social, que tem tudo e de tudo, à distância de um clique. São os miúdos que de um momento para o outro têm uma quinta, conduzem tractores e acham que são grandes, pedem pregos e tábuas, quase de joelhos, para acabar o estábulo. Depois quando já há muita pequenada nesta vidinha, aparecem os avisos que os pedófilos andam no ataque e os papás cancelam a conta, ou então, para o crianço parar de fazer birra e gritar que já ia um nível à frente do não sei quem, os papás asseguram a manutenção da quinta e quando dão conta, são facebookanos “pró” e grandes especialistas em responder a perguntas sobre pessoas, que muitas vezes, não conhecem, mas como o que interessa é adicionar gente de todo o lado e além fronteira, quantos mais amigos melhor, isso é relativo, para a troca de pregos, claro. Depois, aprende-se a clicar “gosto” em tudo o que mexe, normalmente meio segundo depois, parece que ouvem o carregar do enter da pessoa que acabou de publicar qualquer coisa. Se alguém comentar, vai-se lendo a conversa e pondo gosto nos comentários feitos, por esses alguéns. É do tipo, eu não comento, mas estou muito/a atento/a à conversa, estou a ler as vossas coisas, só para que saibam, eu ando por aqui. Outra muito boa é acabar uma conversa, pondo “gosto”, no último comentário da pessoa com que estávamos a “dialogar”. Melhor ainda, publicar qualquer coisa no nosso próprio mural e por logo um “gosto”. Isto é já um vício. O face é também muito bom para enxovalhar pessoas, escrever “tas linda” em todas as fotos, ou “és a melhor”, isto, atenção, é para ser feito mesmo que seja a pior e a foto mais feia. Ah, olhem esta, que é muito boa, quem é que nunca mais se esqueceu do aniversário da Maria que andou no curso de culinária connosco em mil nove qualquer coisa?? Quem ?! Ferramenta suberba. Mas de todas, a que mais gosto, são os eventos que são criados onde podemos confirmar a presença, a maioria diz sim e depois no dia estão lá cerca de “x”, pequeno = relativamente poucas. Já fomos a tanto sítio, sem nos levantar-mos do sofá. E amo, aquelas pessoas que escrevem no mural do evento, quase a chorar, porque estão no outro lado do mundo e não podem estar presentes. E em termos de estado civil?? Mudam o magano, como quem muda de roupa e assumem relações que dão grandes conversas à hora do café. Sugiro então algumas ferramentas que são essenciais, “Sou casado/a de fresco com um/a facebookano/a “, “Recém divorciado/a graças ao facebook, mas pronto a adicionar pessoas, para relação estável.” Uma aplicação que encaminhe o people para um advogado ou para um padre. A última e muito importante, que faz muita falta, “não gosto”. E já agora não era bom podermos votar nas eleições através do face?! Oh, se era.

P.S. - O face entretém uma pessoa de tal forma que... é a 3ª noite que como torradas geladas e tenho a tv ligada nas gravações, pronta para carregar no ok. Mas atão...
                                                                       Mó de Moreira

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