19/04/2011

Nós ou eu ?!


E aquelas situações em que dar uma cabeçada, seja no que for, faz-nos ver estrelas em segundos e depois vem aquele flash, de não saber bem o aconteceu ali e esquecer os passos dados até lá. Não me aconteceu ou aconteceu e eu não me lembro?! E aquelas portas automáticas com um grande papel a dizer: Avariada. Mas nós vamos lá insistir e ainda olhamos para cima, para ter a certeza que o sensor nos está a ver, até que alguém do estabelecimento diz: está avariada! E nós, ah não reparei. Nós ou eu?! Não sei não me lembro. E aquelas portas tão belas, dum alumínio que é uma coisa parva, com “puxe” e “empurre”, e aqui meus senhores, acho que o cérebro gosta de nos pregar a partida, porque eu quando isto acontece ( que é raro, muito raro… ) penso sempre, vou ler bem… mas enquanto estou nisto, já o meu cérebro disse para empurrar o que era suposto puxar. E dá-se a coisa. E aquelas portas que têm uns botões mais lindos, que só reagem e abrem a porta, quando a outra porta está fechada?! Porque é que nós estamos a ver a outra porta a fechar e continuamos a carregar no botão. Nós ou eu?! E aquela porta de casa ou do carro, que está mais que trancada, mas nos faz voltar atrás porque achamos que não está, ou seja volta-se a destrancar para voltar a trancar o que já estava trancado. Esta, fazem vocês. E aquelas coisas que são tão más de abrir, mas que têm o rótulo de abertura fácil, vai-se lá perceber, que nos fazem levar ali a patinar, para depois chegar alguém e “dá cá isso”, ali em menos de uma tocadela de pestanas, abre e ainda diz gloriosa ( não gosto desta palavra… ) “isto é tão fácil de abrir, não viste?! “ Não, não vi, não consigo essa proeza, entre o abrir e fechar de olhos. E aquelas coisas que levam pilhas e que nós insistimos em que elas trabalhem, fazendo mais força, pressionando-as ao limite, nunca sem pensar que se calhar é falta de pilhas. Nós ou eu?! E aquelas coisas brancas com raquete, que aparecem nos pés de quem já anda à verão?! Tenho pavor, dado a exactidão com que esticam a meia, até meio da canela, naquele ponto em que nem a raquete mexe e as linhas mais direitas que um fuso. E aqui nem nós, nem eu… eles.
                                                                       Mó de Moreira

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