The End

É óbvio que eu não podia ficar indiferente a este tipo de acontecimento, sem opinar. Não me venham com conversas que o Mundo vai acabar no próximo dia 21. Sabem a quantos possíveis fins do Mundo já sobrevivemos?! E com datas muito mais aterrorizadoras, como capicuas, mudanças de século, mudanças de milénio, coisas que impõe respeitinho e ainda fazem uma pessoa respirar fundo quando olha para o relógio e vê 00h e 01m do dia seguinte.

Ainda brincam com isto, há razões para o Mundo acabar, ou não. Eu penso nestas:

Yannick Djaló e Luciana Abreu: A novela mexicana, que fez correr muita tinta, o divórcio que afinal não se deu. Não se chegou a saber se a magreza da Lucy, tinha ou não a ver com o facto de ficar com o Porsche. Certo, é que a árvore de natal, este ano, é feita pelas piquenas de nome esquisito e seus papás.

José Castelo Branco: “Se eu não tivesse sido violado seria homossexual”. São estas pequenas confissões, que podem fazer desabar o Mundo, de alguém. Aqui é preciso ter cuidado.

Alexandra Lencastre: Como já não sabe o que fazer para dar nas vistas, resolveu acabar com as “vistas” dos outros. Ora, a senhora não iria remodelar-se, sabendo que o Mundo acaba dentro de 9 dias. Tenho a certeza que ela não queria que os portugueses ficassem com esta imagem dela.

Anúncio da Ferrero Rocher: O Ambrósio secalhar já faleceu, mas o anúncio passa há anos, sempre o mesmo, sempre só no Inverno, ratatá ratatá. O dia que o reclame for alterado, o Mundo não aguenta, porque o “apetecia-me tomar algo” deixa de fazer sentido. E a senhora, pelo menos uma vez em cada 4 anos, está na moda. Não se pode acabar com isso.

Mariah Carey: Todo o santo natal, há 30 mil versões do “All I Want For Christmas Is You”. Não há paciência para este hit natalício e aqui condeno o Mundo. Fico com vontade de ser eu própria a lançar bombas. Muitas. Minha amiga ou amigo, se não "a/o tiveste antes", não é o Pai Natal que a/o traz de mão beijada na sacola, porque se portaram bem o ano todo.

Manuel de Oliveira: Se ainda cá anda, é a prova viva que é mais fácil haver outra promoção de 50% no sítio do costume do que o Mundo acabar.

Governo: Há alguma possibilidade de os chamar de volta ao Mundo? É que são de Marte. Ou então mandem ao ar só a Assembleia, com certos nomes, numa lista que será enviada em anexo para o e-mail do homem-bomba.

2013: Podias chegar depressa, só para acabar com datas capicuas, uma vez que o sentido das pessoas fica afetado, levam o dia inteiro à espera da hora, minuto, segundo e até temperatura certas naquele número, para fotografar e moer as cabecinhas dos que pensam nisso uma única vez e têm mais que fazer.

TMN: Cá está, tal como o Governo vivem noutro planeta, as gravações no apoio ao cliente são ridículas, falam em duendes e pipocas. Uma pessoa quase não sabe que número marcar, com tanta palhaçada. Mudar de tarifário, tornou-se um martírio, que aumenta as batidas cardíacas, tal é a inquietação. Alguém que os ponha em frente ao quadro do menino que chora, como penitência.

Esta croniqueta foi escrita num dia muito especial. Para alguém. Não para mim.

Falem comigo sobre fins do Mundo, quando apresentarem razões plausíveis, como as que eu apresentei. Adeusinho sobreviventes.

Mó de Moreira