Alexandra

Em trinta minutos, vários estados de espírito. Fiquei com um nó na garganta. Lacrimejei, sorri, revoltei-me e senti-me pequena. Muito pequena. Não somos nada nesta vida, mas ao mesmo tempo somos tanto. Estamos demasiado ocupados com mesquinhices, que passam depressa ao ridículo e quase não nos apercebemos. 

Temos, enquanto seres humanos, a grande capacidade de rotular as pessoas, com uma perna às costas. É mais fácil magoarmos… e quando a situação se inverte, ficamos ofendidos. O mundo desaba em cima das nossas cabeças, deixando-nos desorientados. E com o quê?? Com nada, literalmente dizendo, literalmente escrevendo. 

Sei que isto não é um caso único, que há coisas bem piores, que a desgraça, como nome indica, está em todo o lado. Pois é. Vivemos, a usar frases feitas, fingindo muitas das vezes, ser isso, a salvação dos nossos problemas, do nosso dia-a-dia. Errado. É tão mais fácil falar, do que agir. É tão mais fácil enxovalhar, do que dar mérito. É tão mais fácil ter medo, do que superá-lo. 

É tão mais fácil desistir, do que ter coragem. E depois, são pessoas como tu, que nos dão lições de vida, que não se aprendem em escola nenhuma. É preciso passar por elas, é preciso senti-las para conseguir viver o hoje, com a esperança de ainda estar por cá amanhã. São pessoas como tu, que nos fazem a nós, meros seres, supostamente saudáveis, preocupar com merdas. Acho que esta é a palavra certa. É óbvio, que nas vossas cabeças, o pensamento súbito é: “olha-me esta, agora vem para aqui com lições de moral e nham nham nham nham nham.” É verdade, tem toda a razão e mais alguma. Afinal de contas, somos todos uns tristes, no meio disto tudo. Sem ofensa. Tinha sido muito mais fácil pegar no meu caderno e escrever lá. Há coisas que são para estar à vista.

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Alexandra - “ A força vem de onde menos esperamos, sobretudo de quem nos ama e por nós, deixa ser amado.”

Mó de Moreira