20/03/2011

Love you... love !



Gostava de poder encontrar o “amor”, apontar-lhe o dedo e gritar-lhe que não tem o direito de abalar quando bem lhe apetece. Deixando um coração em fanicos, o estômago que nem bolhas de plástico rebentadas todas ao mesmo tempo e a cabeça com pensamentos e acções desalinhadas. Está mais que na hora de ter comportamentos de gente grande, tal é a dimensão que atinge, quando vem “montado” na seta e nos acerta em cheio, fazendo-nos andar tilintantes, capaz de acender um bairro inteiro em noite de apagão e borboletas no estômago, ( que eu acho que são traças, dado as roedoras que se tem na barriga ). É um conjunto de sintomas que traz logo uma placa, com letras grandes,  brilhantes e luminosas. Atenção: Estado, in love. ( ou então qualquer coisa que comeu… mas se acontecer dois dias seguidos, é amor, não se preocupe ou então sim… ) Era aqui que eu queria ter o “amor” na minha frente, sentadinho enquanto tomamos um café, sem açúcar, só assim para ele ver que eu não estou ali para brincadeiras nem para adocicar seja o que for no sermão que lhe daria. Não gosto de ver as pessoas usá-lo como escudo protector, quando por trás não têm um pingo de amor-próprio. Não gosto que o usem como desculpa, quando têm um olho negro e marcas no corpo. Não gosto que as pessoas deixem de ser o que são, por causa dele, moldem-se, não mudem. Não gosto que o sabotem com traições e fingimentos. Não gosto que o desculpem, quando ele não tem razão. Não gosto que ele seja tão distinto entre homens e mulheres, mais disfarçado aqui ou ali, é mais do mesmo. Não gosto que ele iluda, fazendo-nos andar às cegas por um caminho, que acabamos por voltar. Não gosto que ele faça sofrer crianças, por erros adultos. Não gosto que ele culpe o outro, quando ambos estão enganados. Estão a ver como este frente a frente iria acabar, com tanta coisa contra… bem, acabava bem. Afinal de contas não consegui encontrá-lo e sentá-lo no sofá e assim ele vence, contra isso não posso fazer nada, dado que isto é tudo fruto da minha imaginação. Que o dia que vomitar as borboletas, a magia perde-se, ( convém tê-las alojadinhas no estômago, mesmo que se finjam de mortas.. ) que deve ser esse o truque para o manter. O amor. Eu cá, gosto dele. E tu, o que dizem os teus olhos?

Mó de Moreira

1 comentário:

  1. sempre bem monize...tas la... os meus olhos dizem odeio gente falsaaaaaaaaaaaaa

    ResponderEliminar