29/11/2011

Faça-se luz...



Há uns dias ( dia 22… ) numa loja, desejaram à pessoa que ia comigo, “um feliz natal”. ALTO! Pareceu-me muito mal… tão mas agora deseja-se isto às pessoas com um mês e alguns dias de antecedência. A senhora não sabe que para ultrapassar a Popota tem de começar a fazer isso em Agosto. Só essa hipopótama é que tem esse dom. Esta é também uma altura do ano em que são apresentados ao povo, as despesas que as cidades vão ter com a iluminação de natal nas ruas. “Vamos ter que poupar ao máximo”, diz Beja, “Este ano algumas ruas não vão ter iluminações”, diz Braga, “Temos que nos focar na zona centro da cidade”, diz Leiria, “Este ano ficamos com iluminação até meio da Ponte, o resto é com o outro lado”, diz o Porto. “Tivemos que cortar no orçamento da iluminação nesta época festiva que se aproxima”, diz Faro. “Toda a iluminação e mais alguma”, diz o Funchal. Não era do Pai Natal, vir lançado, e enfiar o trenó, o trenó, não, que não temos oficinas para fazer esse tipo de reparações, as renas todas, pela boca-a-dentro do Alberto João Jardim, vá só a da frente, as outras que o pisassem, e enquanto “ele” rilinchasse, o Pai Natal diria: “vim tratar do pedido feito por todos os portugueses e seus respectivos animais domésticos.“ Calma, nós conseguimos aguentar a Popota mais ano e meio, agora este, não. Anda uma pessoa a levar com a Troika e as agências de rakting, que já nos puseram no piso subterrâneo, obrigando-nos a mudar todas as placas que se encontram na fronteira para: “Bem-vindo à lixeira”. Ficando quase ofendida quando oiço num supermercado perguntarem-me “Quer saco?!”, isso dá-me a sensação, que me estão a impingir um kit-para-continuar-a-sobreviver-neste-país. É isto e o sistema dos nossos serviços públicos, que enviam documentos para serem liquidadas dívidas a quem já mudou de morada, melhor dizendo, a quem já está enterrado há muito tempo e não tem vagar das vir pagar espiritualmente, porque tem de ir pôr as ovelhas a pastar e deixou o cartão multibanco em cima da nuvem de cabeceira. Estamos já numa fase para lá de má, em que os mortos também têm de contribuir para a diminuição do défice, e blá, blá, blá, à força, querem ver. Uma rena para aqui também, sff. No que toca a estatísticas também não estamos a funcionar da melhor forma. É favor, o governo e os sindicatos, arranjarem uma só fonte, para as notícias serem dadas com o valor certo das taxas de adesão, sempre que há uma greve. Alguém aqui faz as contas mal, uns só contam os que estão de pé, os que levaram porrada e estão no chão, fora. Os outros, até a estátua do Marquês e os pombos contam. Haja paciência. Vá pimpolhos, até uma próxima, vão lá então gozar os feriadinhos, que permitem a construção de uma mini-ponte, sem iluminação claro, poupem, meus caros, que isso dos “F” está prestes a sair do calendário também. Adeusinho.

P.S. – Prometo não voltar a falar de hipopótamos nas próximas C.S.A.

Mó de Moreira

1 comentário:

  1. Cada vez que leio coisas da Mónica fico espantado. Os pimpolhos mais novos ponham aqui os olhos: Escrever bem é isto!!

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