10/12/2014

Os Anjos da Victoria's Secret... Cabras!

1 comentários

Um olá às cerca de X pessoas que estão aí desse lado prontas para se irem enfiar num centro comercial no próximo dia 23 de Dezembro para as últimas compras de Natal. Ando ausente, é verdade, tenho tido cenas e isso.


Há dois temas para abordar brevemente, um deles já era para ter saído, mas hoje o que me traz aqui é uma coisinha rápida, ilustrada e que nada tem a ver com os que hão-de vir. 



Os meninos já fecharam a boquinha? As meninas já arrancaram a lingerie e guardaram no armário? Há uns dias publiquei no meu facebook esta fotografia com os anjos do  desfile da Victoria's Secret 2014, ( a minha vontade é escrever: publiquei esta fotografia daquelas cabras magras que até dói, quase todas lindas, que comem um quadradinho de chocolate Milka e ficam empanturradas durante um mês, não deixando que o mesmo se aloje ali no sítio que a gente sabe… Put** ) e dado que cerca de 95% do público alvo dessa publicação foram mulheres, como sempre ( um dia explico o porquê… ) os homens esperaram e abordaram-me por aí… e em conversa de Taberna, o tema que me perseguiu alguns dias, surgiu. 

"Aquilo são muitos magras, onde é que um homem as agarra? As mulheres querem-se com chicha... " ( são tão queridos… às vezes parece que só nos faltam umas abas aqui de lado... ).

"Podem ser as mais lindas do mundo e magras e não sei quê, mas o que interessa mesmo é a beleza interior, essa sim é a que conta." ( sim, sim, sim, sim… ficava bem uma musiquinha de pianinho aqui de fundo ).

"Tudo bem são bonitas, mas uma mulher tem que ter curvas, aquilo é alguma coisa? Calçam umas botas de cano alto e as pernas andam ali de um lado para o outro, isso é que tem graça? Quanto mais não vale uma mulher de salto alto ali com uma mini-saia e umas pernas como deve ser!" ( parabéns por estas palavras, merece uma taça e uma vénia de todas as mulheres que estão a ler isto… 1, 2, 3…)

Ora bem, ainda se “discutiu” ali mais um bocadinho, fiz apenas um apanhado do top best contra "os anjos", para não dizer novamente "contra aquelas cabras". Porque no fundo, mais sei eu e todas as mulheres existentes à face da terra que qualquer homem que tivesse a oportunidade de ter um anjo daqueles ali ao lado, pronto para ir ao céu e não para lhe fazer o jantar, de certeza que não a mandava dar às asas.
Mas eu gosto mesmo é de os ouvir.

P.S. - Calma estou preparada para a abordagem a seguir a isto, a do: "Estás enganada... "

Mó de Moreira

05/11/2014

E ele chegou...

1 comentários


A única coisa muito má que este calor prolongado me trouxe, foi ver mais um mês de fotografias de pés na praia, na piscina, por tudo quanto era rede social, poças que saga. Mas “ele” finalmente chegou sem mandar um postalinho a avisar, nada de nada e desta vez deixou o Outono a um canto, “fica aí sossegadito que isto não está nada bom para ti, já puseste as castanhas assadas a andar, agora eu tenho que pôr no mercado todos os chocolates que só aparecem agora e começar a tratar do Natal!”.

Passámos da manga curta para casacões e polares. E eu, como manda a lei, este fim-de-semana que passou fiz parte das 1365 mulheres que estiverem de posse do guarda-fato, adeus roupa de verão, olá roupa de inverno, adeus sandálias, olá botas. Como todas, aqui confesso, que padeço também daquela coisa de ter 96% do guarda-fato atulhado, 89% das gavetas da cómoda ocupadas, 99% das caixas de sapatos cheias até saltarem a tampa e deixando um cantinho para o meu irmão. De vez em quando lá se queixa “já viste que eu não tenho quase espaço nenhum, ocupas isto tudo… ” Eu não me manifesto, fico bem caladinha, que isto é um desabafo passageiro, coitado não deve ter dormido bem... ou é stress. E ficamos assim até que daqui a 6 meses ele se lembre outra vez.

É óbvio que eu tenho que discordar, a taxa de ocupação não é assim tanta, eu até devia receber uma medalha como forma de agradecimento, estou apenas a prepará-lo para o futuro, quando casar, ele já sabe o que a casa gasta e já está mais que conformado com a ideia de ser feliz, mesmo que tenha só um cantinho para pôr a roupa e uma caixa para os sapatos. Isto é que é irmandade, caramba, não me tinha apercebido como é tão bom partilhar e ao mesmo tempo ajudar a longo prazo.
Uma pessoa também não tem assim tanta roupa e tantos sapatos para que haja um mini-vinte-e-cinco-de-abril de palavras e pontos de vista desagradáveis que possam causar mau estar familiar.

E este frio? E vontade de comer uma bola de berlim na Serra da Estrela não há? É que comer castanhas na praia também aborrece.

Mó de Moreira

15/10/2014

Piropos...

1 comentários


Ora bem, aqui há uns dias em conversa na taberna, o tema era o piropo. Em poucos segundos ouvimos piropos, dirigidos para ar, a mim só me apetecia chorar enquanto dizia por favorrrrrrrrr. Vá tão digam lá qual foi o melhor piropo que já vos mandaram, se calhar nenhum e tão aí a mandar postas de pescada. Ambas rimos, não tínhamos resposta para dar. Depois veio o bombardeio: O que é que o piropo tem de ter? O que é que gostam? Querem ouvir o quê quando vão na rua? ( isso não é só quando passamos nas obras... ? ) Continuámos a rir e a frisar que podiam ser todos os piropos, menos aqueles que tínhamos acabado de ouvir. Deu para perceber que da parte do sexo masculino, aquilo doeu.

Hoje o tema voltou a vir ao de cima, noutro local e houve outra tentativa para encaixar um dos piropos lançados há uns dias atrás e um novo ( será revelado lá mais em baixo… ): tentativa novamente falhada. Resolvi então pesquisar, escolher os piores piropos que li e analisá-los, explicar do meu ponto de vista porque é que não funcionam. Isto não foi fácil, grande parte deles têm origem “trolha”, mas há quem os tenha catalogado por: religiosos, porcos, familiares, fofinhos e por aí fora. Vai dar tudo ao mesmo.

“ A tua mãe só pode ser uma ostra, para cuspir uma pérola como tu!”

“ O teu pai deve ser terrorista… és cá uma bomba!”

Todos os piropos que comecem com a ideia que os nossos progenitores podem não ser aquilo que realmente nos fazem crer que são, não é bom. Uma filha pode mesmo revoltar-se e não se responsabilizar pelo “focinho” do desconhecido e respingar: “Estás a insinuar que o meu pai não é mecânico é isso?” ou “ A minha mãe está na loja estás a ouvir! Ela não é nenhum animal… “ Nós, mulheres gostamos de complicar, de dar a volta e um piropo destes pode, num estalar de dedos, vir a ser o vosso pior inimigo.

“O teu pai trabalha na TMN? É que tens um cú que é um Mimo!”

Cá está novamente um dos progenitores… É um piropo desactualizado, a TMN já mudou de nome e apesar de “mimo” neste caso, não ser o do anúncio, o nosso cérebro em ouvindo TMN e Mimo na mesma frase vai directamente para o da publicidade, que faleceu em 1850 e isso quer dizer o quê? Que temos um cú listado? Ou um cú mudo? Actualizem-se.

“Oh boneca… contigo era até achar petróleo!”

“Oh princesa… Tu comigo eras rainha!”

“Oh filha… anda cá que eu não te aleijo!”

“Oh boa… quem me dera ser noite para te cair em cima!”

Todo o tipo de piropos que comecem com um “oh”, seguidos de formas pirosas de nos apelidarem, significa que a segunda parte já vai roçar o desagradável, e que sem se ser (muitoooo ) ordinário, fazem-se promessas que não se irão cumprir. E sejamos sinceros, sempre que há “carinho” no início de cada frase, a seguir vem merda. É como chamar um filho pelos dois primeiros nomes aos gritos, sai asneira.

“Tanta terra para lavrar e o meu tractor aqui parado!”

É aquele piropo sem muito futuro, mesmo que seja dos mais ouvidos, era só o que faltava terem tractores entre as pernas, mais uma coisa a roncar lá em casa.

“Posso não ser bonito como o Brad Pitt, nem ter músculos como o Schwarzenegger, mas a lamber sou como a Lassie.”

O que este piropo representa verdadeiramente é uma tremenda falta de autoestima da vossa parte, porque é a beleza interior que conta e essas tretas todas, por isso não se subestimem. Fazer comparações a homens que nós nunca na vida vamos ter ou até poder tocar, é um golpe baixo. Têm uma Lassie dentro de vocês, correto?? Então, agarram-se mais vezes ao aspirador.

E este foi o piropo, sem grande trolhices, apresentado hoje, o autor sabe e tem consciência que se pode tornar viral, ou não...

“A tua beleza é como o vírus do Ébola, a diferença é que basta olhar para ti para ficar doente.”

Um piropo actual e mortífero, intenso como se quer. ( disse a outra menina que acompanhou a conversa... )

Eu estou como o outro:

Gosto de ti como gosto daquelas estrelas todas!
E quantas estrelas são? Podes contá-las para mim?
Sim... mas são quatro da tarde…
Então é melhor começares já. Fui.

Mó de Moreira


09/10/2014

A Morte

1 comentários

E se eu morresse amanhã? E se eu morresse para a semana? E se eu morresse para o mês que vem? Vou morrer, sim, mas quando? Dava-me jeito saber pelo menos o dia. Tenho imensa coisa ainda para fazer, para além de plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Não poderia ser isto da morte uma coisa agendada, mais para o meio da semana, que ao fim de semana é uma chatice.

A morte, a inesperada morte. Que ao fim ao cabo é esperada, porque é a única coisa certa que temos enquanto estamos, neste momento a respirar.  Mesmo assim nunca se está preparado para ela. A desgraçada que arruína com as pessoas, que as deixa desamparadas, numa solidão profunda, num misto de emoções, onde nos agarramos? Mas sabemos, enquanto estamos aqui a respirar, que vamos morrer. É a dor que nos invade que nos faz sentir impotentes, incapazes de compreender o porquê da morte nos ter batido à porta e levar quem mais gostamos. Mas sabemos, enquanto estamos aqui a respirar, que vamos morrer. Não é fácil lidar com a perda, o melhor amigo, quer para isto, quer para aquilo, é o tempo, esse cabrão que não se vê, só se sente e que leva tempo, às vezes a chegar. O tempo que passamos com quem cá fica, o tempo que passamos connosco próprios, este é essencial para que consigamos superar qualquer dor. É ele, o tempo, que fará sarar parte da ferida, porque ela nunca fechará. Mas sabemos, enquanto estamos aqui a respirar, que vamos morrer. Nós todos os dias morremos um bocadinho, não é? Mas vivemos como se nada disto acontecesse. Porque é a vida, porque é assim que funciona.

Vamos sempre lamentar-nos de não ter feito, de não ter dito, de não ter ouvido. E se por acaso fizermos isto tudo, vamos sempre lamentar-nos de não ter feito mais. Somos demasiado exigentes, mesmo quando perdemos alguém. Nós estamos mecanizados para ser assim, a expressão “carpe diem” que é mal interpretada, mas na gíria, a sua má tradução funciona, é uma fraude. Nós nunca faremos isso, porque isso requer uma interiorização tremenda e nós não somos capazes.

Sim, eu sei que vou morrer. Digo a alguém todos os dias que gosto dela? Não. Vou cumprir a promessa e visitar o meu melhor amigo? Não. Vou preocupar-me com alguém? Não. Vou abraçar um conhecido? Não. Se calhar farei isso amanhã, ou outro dia, hoje não me dá muito jeito. Sim, eu sei que vou morrer, já disse à minha mãe e alguns amigos que não quero um padre no meu funeral. Mudam a conversa porque acham macabro, poças… mas não é em vida que tenho de dizer isto a alguém? Agora fica escrito.

O mundo lá fora, por aí, as pessoas a mostrarem-se felizes da vida. É o tempo, a solução disto, e é o tempo o problema disto. Mas sabemos, enquanto estamos aqui a respirar, que vamos morrer.


Mó de Moreira

09/09/2014

Frascos VS Mulheres

1 comentários


Hoje a minha avó foi para a porta de casa à espera que alguém passasse. Passou um grupo de miúdos, não interessava. Depois passou um rapaz, que ela achou que já tinha idade para a ajudar a resolver o problema. “Bom dia, será que me podia abrir aqui este frasco de tomate?!” Tenho a certeza que o rapaz pensou o mesmo que eu na altura que a minha mãe me contou isto “Agora é que é, passou-se de vez, a mulher não está boa.”

Dois segundos depois, magia: “Já está minha senhora.” A minha avó agradeceu e disse que estava à meia hora de roda daquilo e como o marido não estava em casa, foi para a rua pedir auxílio, porque tinha que fazer o almoço.

Agora que já passaram algumas horas, eu fiquei a remoer, sim sou uma desocupada que não tem nada para fazer, que podia pensar em achar soluções para a crise ou para acabar com a guerra em Israel e afinal estou aqui a pensar na atitude desesperada da minha avó.

Não presto, mas a senhora tem razão, os frascos são um dos maiores inimigos das mulheres. Não abrem à primeira, dá-se uma palmada no fundo para ouvir aquele “clic”, não abrem à segunda, ah isto é das mãos molhadas, vai-se buscar um pano, não abrem à terceira, epa isto está mesmo colado, faz-se uma força desgraçada e não abrem à quarta. Chegamos a um estado de desespero tal, porque usámos todos os truques e não abre, será que comprei o único frasco que estava lacrado no meio dos cinquenta que havia no supermercado?! A minha mãe não me ensinou todos os mandamentos para abrir frascos, onde falhei?!

Até que depois de nos passarem mil coisas pela cabeça, mas atenção, isto num timing de 5 segundos, resolvemos chamar o marido, o namorado, o amantizado, o irmão, o pai, o avô, o padrinho, o primo afastado, alguém do sexo masculino já com barba: “é isto que queres abrir?” Lá está, em dois segundos abrem o frasco. Ainda resmungam porque estavam a ver a bola e não compreendem a dificuldade em abrir aquilo.

A nossa sanidade mental, aí nesse momento, é qualquer coisa… pomos tudo em causa. Como é que é possível ter estado tanto tempo de roda de um frasco, usar todas as manobras e depois É AQUILO! AQUILO! O frasco abre milagrosamente, como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse teimado em não abrir minutos antes, filho dum grande frasco.

Há também o cúmulo dos cúmulos dos frascos, nas nossas diversas tentativas, neste caso a quinta tentativa, que é aquela em que nós antes de optarmos por chamar alguém de barba rija, conseguimos abrir o frasco e ele entorna grande parte do conteúdo pelo chão, pela roupa, pelas mãos, por aí… com a agravante boca masculina: “Porque é que não me chamaste para abrir isso?” Ggggrrrrrrrrrrr, que ódio.

Uma coisa é certa, a minha avó tem razão, ainda não enlouqueceu, porque há coisas que só os homens são capazes de fazer, neste caso, abrir frascos.


Mó de Moreira

03/09/2014

Homens VS Malas

1 comentários

A cabeça de uma mulher pode ser tão confusa quanto a sua mala. Ou não. Nós gostamos de malas, grandes, pequenas, estampadas, lisas, com brilho, sem brilho, com pedrinhas, com bordados, malas. Podemos até ter duzentas, mas são todas diferentes. E se vocês, senhores, tentarem alguma vez dizer: “tens muitas malas, para que queres outra?” No dia a seguir o número passa para duzentas e dezanove. Igualmente para os sapatos. Não entrem lá neste mundo, tentem apenas estar calados, não fazer piadas, só para o amiguinho do lado achar que está sentado ao lado do César Mourão. Não.

Obviamente que isto nunca vai acontecer, para isso tem de ultrapassar algumas fobias e claro acabar com alguns mitos.

Às vezes não temos lenços de papel! Isso de generalizar o conteúdo de todas as malas e achar que todas temos um contrato com a renova, não pode ser, e muito menos ficarem ofendidos com tal situação. Um dia temos, outros não. Ponto.

Quando andamos com malas grandes é porque vocês precisam sempre que nela guardemos as vossas chaves do carro ou a vossa carteira. Não vamos viajar. Temos é uma solução para vocês não andarem com coisas nos bolsos e parecerem burros albardados. Ah, e quando temos malas pequenas, não é porque afinal já não vamos de viagem, é porque não estamos com disposição para guardar as vossas chaves ou a vossa carteira. Ponto.

Quando nos pedem um comprimido e em tom de ironia ainda mandam a piada “nessa mala há de tudo!” só dá vontade de responder, “sim há, e vai sair daqui uma técnica de farmácia apenas com a bata branca vestida e perguntar: pode ser genérico? Em pó, comprimidos ou cápsulas?” Queriam né? Não vai acontecer. Afinal não há de tudo como na farmácia. Ponto.

Sempre, mas sempre, que nos pedem qualquer coisa e nós dizemos: “Tira aí da mala!”“Não vou mexer aí, posso encontrar o que não quero!” Para além de nos darem cabo dos nervos, ficarmos com vontade de passar para as duzentas e vinte malas, ainda nesse dia, nós nunca vamos entender isto, há alguém desse lado do sexo masculino, que ainda não tenha desistido de lêr isto, que me elucide? Qual é o drama? Acham que temos algum móvel do IKEA pronto a montar e já sabem que vai sobrar para vocês…?? Ou um serviço de chá da vista alegre e acham que vão ter que por a mesa…?? Que vai sair uma pomba… ?? Continuo com dúvidas.

Há sempre um ou dois, que arrisca, abre o fecho da mala depois de a autorização ser dada e a seguir entra em pânico. Ele ouviu “Está aí na bolsa de lado!” Pânico, pânico, pânico. Há três e agora?! Pensa. Não quer perguntar, porque já sabe que se arrisca a levar uma patada seguido de um: não sabes fazer nada… Então ali fica petrificado, com cara de quem ouviu “Anda cá conhecer a tua sogra.”

- Mónica tens um penso?
- Nem rápido, nem higiénico! Mas porque é que vocês acham sempre que nós temos tudo na mala?
- Epa, Mónica, porque, vá imagina, nós pedimos um martelo, por exemplo e vocês dizem: “Espera aí, deixa-me lá ver se tenho aqui.”

Mandei uma carcachada. As palavras foram sinceras, mas fiquei a pensar naquilo… quer dizer no meio disto tudo a culpa é NOSSA??!! Não, não… a cabeça de um homem é que pode ser tão confusa quanto a mala de uma mulher, porque as malas das mulheres são organizadas e nelas só constam o essencial para NÓS, não para VOCÊS. É aqui que também conseguem ser complicados, nas coisas mais simples.


Mó de Moreira

18/08/2014

Chico-Esperto

1 comentários

O chico-esperto, aquela nódoa da sociedade que não sai nem com a melhor mezinha dada pela bis avozinha. É um aspirante a uma lapa, tenta grudar, mas não gruda. Não tem a quantidade suficiente de ranho para isso, mas não passa de um ranhoso. É aquele indivíduo que chateia, que fala, fala, mas não diz nada, conseguindo no entanto, ficar entranhado no sentido de qualquer ser humano, dito, normal.
Parte do seu objetivo é cumprido, consegue chamar a atenção e ser falado diariamente pelo seu comportamento-esperto-parvo-compulsivo.

Há várias categorias para o chico-esperto, eu tenho um preferido, o top dos top’s. O chico-esperto-carniceiro. Possivelmente o mais irritante desta tentativa de espécie. Chateia, vai roendo. Quando volta a chatear e volta a roer, já temos a caçadeira apontada, pronta para dar o tiro certeiro. Mas ele não morre, baseia-se num episódio do CSI Las Vegas ( sim sempre o Las Vegas, não gosto de genéricos… ) e manda uma larápia ao bom estilo do Gil Grissom, à espera que alguém… Pois.

Este chico-esperto-carniceiro contenta-se com pouco, ele nasceu, viveu e não cresceu neste mundo. Sente-se um verdadeiro campeão quando pelo menos duas pessoas falam nele, três ou mais, já pode ser uma conspiração e isso já o faz escarafunchar. Ter mais de 10 gostos numa publicação feita por ele no facebook, é dar-lhe demasiada atenção. Ele acha que se vai tornar viral e não há ( ainda ) nenhuma aplicação que o espante, que o enxote. Cuidadinho com isso.

Fica feliz da vida quando é o primeiro a achar uma pedra solta na calçada. Torna-se de tal forma, como é que digo isto, cansativo, melhor… esgotante, que no dia a seguir já lá está o calceteiro… “não vá alguém torcer um pé, sabe como é, podia dar-se aqui uma tragédia, é por isso que gosto de andar atento”. Portanto, é um aspirante a bruxo, também. É tudo e não é nada.

Meu menino, estar atento é uma coisa, não ter nada para fazer e estar em cima dos acontecimentos que praticamente ainda não aconteceram, mas que acabam por acontecer, porque reza à santinha dos chicos-espertinhos, antes de se deitar, para chamar a atenção de alguém que tem realmente o que fazer, é outra.

Dava-lhe uma lição, mas já estou a ocupar demasiadas linhas a dar-lhe a importância que não merece e isto pode levá-lo a pensar que o próximo passo é o nobel, procurar um sinal de trânsito mal posicionado, ou que este texto é dedicado a si, olhe que não, olhe que não.

Mó de Moreira

09/04/2014

Há as grávidas e há a Carolina.

1 comentários

A Carolina Patrocínio já foi mãe, quem não sabe quem é dirija-se ao Google. Foi possivelmente a grávida mais “irrriiiiiiiiitante” de sempre. Raios parta a mulher pelo corpo de antes e pelo corpo de agora. Olha querida, se por acaso estás a ler isto, vou já dizer-te que tu não viveste a gravidez no auge, grávida que se preze pensa em chocolates do tamanho do teu “UVA, não pensam em fazer 50 abdominais de manhã e 25 à tarde.

Uma pessoa olha para ela agora e tem vontade, tem vontade, tem vontadeeeeeeeeeeeeeeeeee de lhe dizer: Querida tu não estiveste grávida de verdade, tu comeste os caroços de todas as cerejas que a tua empregada descaroçou o verão passado e que tinha guardado num tupperware, para lembrar o trabalhão que teve com esse miminho. Foi o que te aconteceu.

Estar grávida é apetecer-lhe uma edição especial de um magnum em pleno mês de Novembro. Estar grávida é querer muito uma açorda no mês de Agosto. ( Não sei, mas sondeiiiiiiii… ) Entre outras coisas, claro, mas não é pensar em ginááássssticaaaaaaaa. Tudo bem que a gravidez não é uma doença e é óbvio que se deve mexer o rabo para ele não triplicar e junto disso angariar uma série de fatores físico-psicológicos, que podem ser registados pelas que já “pariram três”, têm a mania de pseudo-magras e que gostam de espetar uma faquinha no pé direito… “Ainda estás grávida?” ou “Já estás grávida outra vez, não páras?”

Há que fazer exercício, claro, não é só as ditosas caminhadas aos oito meses e meio quando já se está em modo hipopótamo. Mas Carolina, caramba, tu nem inchaste. Nem uma estria? Nada que uma de nós te possa apontar, sem ser uma arma?! É que se já irritavas antes de estar em estado de graça, agora minha querida, enervas ainda mais e fazes uma pessoa comer um pacote de amêndoas em 10 segundos, enquanto vê uma fotografia da tua barriga na revista Caras e te chama tudo menos mãe.

Lembro-me que quando a Princessss Kate Middleton saiu do hospital e as imagens passaram na televisão, o meu primeiríssimo pensamento foi: “Alguém que diga à Duquesa de Cambridge que ainda ficaram ali uns restinhos da realeza dentro dela…” ( salvo seja ) Uma grávida normal, portanto.

Percebes agora Carolina? Era só isto que nós mulheres queríamos. Mandar-te um bitatezinho, apontar-te qualquer coisa, nem que fosse um pelo encravado. Quanto aos homens, peço desculpa por este texto quase não vos dizer nada, dado que para vocês a imagem que têm da Carolina Patrocínio é no desfile da Rip Curl e nem se aperceberam que entretanto ela já “pariu”.

Mó de Moreira

26/03/2014

Morte às tampas da sanita.

1 comentários

Vamos lá então falar de um tema delicado: Homens Vs Tampas da sanita. Lançada a bomba, olááááá desde Setembro. O Natal correu bem? Boa. Levamos cerca de dois dias a falar das horas quando muda, “ai antes ainda eram 18h”, “agora às 19h já é de noite!”, posso muito bem perguntar pelo vosso Natal, três meses depois. Sempre mostra alguma preocupação da minha parte que até posso não ter, mas fica bem.

Aí há uns diazinhos, sobrevivi a uma conversa sobre o porquê dos homens deixarem quase ( SEMPREEEEE ) a tampa da sanita levantada. Era a única rapariga presente, os argumentos apresentados não me convenceram e ia tendo um mini-ataque-cardíaco com tanta, como digo isto, PARVOÍCE.
Mulheres que me estão a acompanhar, vou resumir a coisa por pontos:

- Deixo a tampa da sanita levantada, porque o mais certo é voltar à casa de banho antes de ti e assim não tenho trabalho a dobrar. ( pensam tão à frenteeeeeeee… )

- Nos cafés há uma casa de banho para as mulheres e outra para os homens por causa disso: uma já tem a tampa levantada e a outra está sempre como vocês gostam. ( ainda não perceberam que não é uma questão de gostarmos ou não… )

- Um gajo vai à casa de banho a pensar nas “cenas da vida” : a que horas será a bola hoje? Será que tranquei o carro? Amanhã sou eu a levar o puto à escola… e acaba por não se lembrar da tampa da sanita. ( Hoje não há jantar, esqueci-me… )

- Quer dizer, não é justo eu levantar a tampa, a seguir baixá-la e vocês só a baixarem. ( lá está a igualdade sempre a marcar pontos… )

- Isso é uma desculpa que vocês mulheres arranjam, para nos chatearem a cabeça, tem de haver alguma coisa para vocês implicarem connosco, senão o dia já não vos corre bem. ( merece uma medalha de ouro, este NÃO argumento... )

Ora bem, vamos lá tornar a coisa mais simples: a tampa da sanita tem de ser baixa PORQUE SIMMMMMMMMMMMM! E ACABOU! Estão mal habituados, porque atrás de vocês vai a mãezinha, a namoradinha, a mulherzinha, que refila, mas acaba por ceder. Aí ficam destravados e já NUNCA mais praticam esse gesto.

Qual é a dificuldade de baixar a dita? Nós também temos que pensar no jantar, no banho dos rapazes, na roupa para lavar, para passar a ferro, no almoço de amanhã e ainda NA PORRA DA TAMPA DA SANITAAAAAA!!


Mó de Moreira

25/09/2013

Homens nas compras...

1 comentários

Ai pimpolhos, há séculos que estou para vir aqui escrever qualquer coisinha, mas como embirro com os dias pares, os dias ímpares têm sido muito ocupadinhos. 

Tenho andado a fazer um "estudo de mercado" e dou por mim feita maluquinha a frequentar as grandes superfícies e a observar os homens nas compras. Really, tudo aquilo que eu achava que eles poderiam não fazer, fazem. Não sonhei, isto acontece mesmo e dou por mim a rir-me sozinha nos corredores dos detergentes. 

Temos de tudo um pouco e regra geral eles são uma desgraça no que toca a fazer compras. Peço desculpa se tiver leitores do sexo masculino que se sintam magoados ou que isto suscite alguma discussão entre casais, mas keep calm que eu não quero ser motivo de divórcio ( mesmo tendo razão... ).

É raro o homem que leva um carrinho para por as compras, nem sei se sabem onde eles se encontram estacionados, é vê-los irem para as filas com os dois braços a servirem de cesto, mais as chaves do carro e o telemóvel.  Não há cá cartões, nem talões, não pedem saco e saem "esbaforidos", tentam abrir a porta do carro com a chave, mas atrapalham-se com a abertura do dito. Quando a prova é superada, atiram tudo para o banco do pendura e arrancam como se fossem apagar um fogo, atenção é sempre o que deixa o carro mal estacionado, mas a 2 metros da entrada ou da saída.

Todo o homem que leve uma lista de quatro coisas para comprar, feita pela esposa, mãe, sogra ou prima-afastada, a partir do momento que põe os pés dentro do supermercado, começa a caça ao tesouro, a lista vai bem aberta como se fosse um mapa, passam 300 vezes pelas coisas e não as acham, começam a desesperar e a refilar com quem encontram "só vim buscar três ou quatro coisas, mas devem ter mudado isto tudo desde a última vez que cá vim... " O fenómeno realmente acontece, mas acho que não mais que uma vez por ano, não todo o santo dia, se me faço entender meus senhores. Bom, o certo é que quando acham o tesouro, agarram a primeira coisa da marca que lhe aparece, têm a capacidade para comprar 3 ou 4 coisas pelo preço de um camião TIR cheio de compras. Óbvio que esta desculpa é meio caminho andado para não voltarem a por lá os pés... "Ai sim, para a próxima vais tu, já que és tão boa nisto... "

Em 10 homens há um que entra sempre no supermercado a falar ao telemóvel, é portanto o homem TOMTOM, é o que vai recebendo as coordenadas da sua amada, "ora o atum, vais em frente, viras na próxima à tua esquerda, passas dois corredores e viras à tua direita, estão os patês, estás a ver? A seguir o atum... " São guiados via gps e normalmente ficam felizes da vida, porque cumprem o mandado com sucesso.

Regra geral, há uma coisa em que é raro um homem acertar. A esposa liga-lhe aflita, "já saíste do trabalho, vai lá rapidíssimo comprar-me pensos higiénicos, sabes quais são?", não querendo dar o braço a torcer e mostrar que tomam atenção ao armário da casa de banho, respondem sempre "sim, sim, vou já querida, alguma dúvida ligo-te". Ora bem, dirigem-se com uma segurança ao corredor dos ditos que... quando estão bem em frente a eles, o mundo cai-lhe aos pés. Deixam de acreditar em Deus nosso Senhor, Jeová está de férias e o Alá dorme a sesta. Deparam-se com pensos para a noite, com alas, sem alas, grandes, médios, piquenos, com cheiro, sem cheiro, verdes, roxos, amarelos, toda uma gama e variedade quem nem a Sagres ou a Super Bock têm. E agora? Se chamam uma funcionária para os socorrer, ela vai responder, isso depende, "A sua esposa tem muito fluxo?", "Ainda está nos primeiros dias?", "É para dormir ou para o dia-a-dia?" Ahahahahaha, é vê-los desnorteados, porque entretanto telefonaram, mas por algum motivo ( tipo, foi levar o lixo, tocaram à porta, o telefone estava na mala... ) ela não atendeu, acabam por fazer o anani-ananão e a levam para casa uns lindor ou umas fraldas. Dá para tudo, acham eles.

Como é óbvio também há os bem entendidos na matéria, sabem as promoções todas, o que é mais barato... e metade do carrinho é atafulhado com coisas que não fazem falta ou que nunca se comprou lá para casa, mas não interessa, é artigo em promoção, ainda vai servir, nem que seja no Natal.

Há os que só vão ao talho, porque eles é que sabem e ainda dá para falar dos resultados da bola do dia anterior com os talhantes. Há os que andam ao lado do carrinho com as mãos atrás das costas, sempre prontos para entrar em acção não se vá dar para ali algum atropelamento ou outra desgraça qualquer. 

Bom senhoras, lá nos encontraremos no corredor dos detergentes, lá poderemos trocar ideias e podem dar-me mais informações acerca destes atadinhos.

P.S. - Há sempre pelo menos um, que está na peixaria a observar o que nunca na vida pescou, mas que ainda pode vir a pescar. 

Mó de Moreira